O autismo leve pode passar despercebido ou ser confundido com outras características. Saiba como reconhecer os sinais de alerta e procurar ajuda especializada.
Você já ouviu falar sobre o autismo leve ou transtorno de espectro autista de grau 1? Essa é uma forma de autismo que pode afetar a maneira como a criança se comunica, relaciona e até seus comportamentos. Apesar disso, é muito difícil de ser percebido pelos pais e ainda mais complicado quando falamos de diagnóstico.
Mas por que isso acontece? Como estar mais atento aos sintomas? E como os pais podem ajudar nessa jornada?
Fique tranquilo, pois neste artigo iremos responder todas essas dúvidas. Continue lendo para entender melhor por que o autismo leve é tão difícil de ser diagnosticado!
O que é o autismo leve e por que ele é difícil de ser diagnosticado?
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta de forma diferente em cada pessoa. Por isso, falamos em um espectro autista, que começa no grau 1 (mais leve) e chega até o grau 3 (mais severo). Essa classificação é feita para ajudar no diagnóstico e funciona como uma orientação para o tratamento subsequente.
O autismo leve (grau 1) é caracterizado por dificuldades na comunicação, socialização e comportamento. E a principal diferença dos outros graus é que aqui não há um impedimento visível para que a criança tenha uma vida independente e produtiva, mesmo antes do diagnóstico.
Na verdade, a criança com autismo leve pode ter uma inteligência normal ou até superior à de seus colegas. Entretanto, pode apresentar alguns desafios na:
- Interação com os outros;
- Compreensão de regras sociais;
- Expressão de emoções;
- Adaptação a mudanças.
O autismo leve é difícil de ser diagnosticado porque os sintomas podem variar muito de acordo com cada criança e com o contexto em que ela está inserida. Além disso, muitos pais e professores podem não reconhecer os sinais, pois podem ser atribuídos a traços de personalidade, como timidez, introversão, perfeccionismo ou criatividade.
Outro fator que dificulta o diagnóstico é que muitas crianças com autismo leve aprendem a imitar o comportamento dos outros para se encaixar na sociedade, o que pode mascarar as suas dificuldades.
Sintomas, causas e transtornos associados ao autismo leve
Os sintomas do autismo leve podem ser divididos em três áreas: comunicação, socialização e comportamento.
Na comunicação, podem haver dificuldades para iniciar ou manter uma conversa, também para entender ironias, sarcasmos, metáforas ou duplos sentidos. Além disso, pode ser difícil compreender as emoções e intenções dos outros e pedir ajuda ou expressar as suas necessidades.
Já na socialização, a criança com autismo leve pode ter dificuldade para fazer ou manter amigos e participar de atividades em grupo. Nessa área, pode haver certa resistência em respeitar as regras sociais e se adaptar a diferentes ambientes.
Por fim, quando falamos de comportamento, são as dificuldades para lidar com mudanças, imprevistos ou frustrações e para controlar os seus impulsos ou emoções. As crianças podem ter problemas ao organizar suas rotinas e tarefas e até de concentração.
As causas do autismo leve ainda não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que envolvam fatores genéticos e ambientais. Mas sabemos que ele pode estar associado a outros transtornos, como:
- Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH);
- Transtorno de ansiedade;
- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Essas associações podem agravar os sintomas do autismo leve ou dificultar o seu diagnóstico e tratamento.
Como os pais podem ajudar a criança com autismo leve?
Os pais podem ajudar a criança com autismo leve de várias formas, desde a identificação dos sintomas até o apoio emocional e prático. Veja algumas formas de ajudar:
- Reconhecer os sinais de alerta;
- Seguir o tratamento indicado;
- Oferecer apoio emocional e prático;
- Respeitar as características individuais;
- Ensinar habilidades sociais;
- Buscar ajuda profissional.
O autismo leve é uma condição que traz desafios, mas também oportunidades para a criança e para a família. Com o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o apoio dos pais, a criança com autismo leve pode ter uma vida feliz, saudável e produtiva.
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